As construções modernas cada vez mais exigem que seus projetos reúnam design, funcionalidade, eficiência energética e a preocupação com o meio ambiente. Por isso, cada elemento que ajude a atender a esses propósitos se útil no processo e um aliado de engenheiros e arquitetos. Assim são as fachadas ventiladas, que têm se tornado tendência nas novas edificações e até mesmo em reforma das antigas para se adequar à nova realidade.

As fachadas ventiladas são sinônimo de conforto térmico e eficiência energética. Além disso, oferecem um visual moderno e um design elegante ao edifício, valorizando o empreendimento. Ela é formada por duas partes, uma interna, que é protegida, e a segunda, que é externa e tem como função justamente proteger a face interna da influência de fatores meteorológicos.

Entre elas, há uma câmara câmara que facilita a circulação do ar e, assim, auxilia na troca de ar quente pelo mais frio, agindo diretamente na temperatura interior. É o chamado “efeito chaminé”, proporcionado pela forma como as fachadas ventiladas são montadas, que arrasta o ar quente para fora pela parte superior. Isso faz a troca contínua do ar com a ventilação natural.

A reportagem consultou o engenheiro civil Claudio Thurler, especialista no assunto, para tirar dúvidas sobre o produto, sua forma de aplicação e os benefícios que ele oferece ao empreendimento.

1. Por que devo investir em fachada ventilada?
A fachada ventilada é uma tecnologia de ponta e uma das tendências de ponta nos países avançados. Suas principais vantagens são:

• A eliminação das várias etapas constituintes de uma fachada convencional (chapisco, emboço, reboco e acabamento final);
• Durabilidade superior comparado aos demais sistemas aderidos;
• Segurança (sistema aderido pode haver possibilidade de destacamento devido várias camadas constituintes);
• Possibilidade de remoção ou mesmo ampliação da fachada existente;
• Agilidade de execução, e
• Conforto térmico e acústico.

2. Em quais tipos de imóveis posso instalar fachadas ventiladas? Predial, residencial, comercial…
Pode ser instalado em qualquer tipo de edificação, pois o sistema é basicamente ancorado na estrutura.

3. Existe uma metragem mínima para instalação de fachadas ventiladas?
Não existe metragem mínima. O que pode influenciar no investimento financeiro para instalação do sistema é a complexidade da obra e o translado da equipe de instalação.

4. De fato as fachadas ventiladas ajudam na melhoria da eficiência energética? De que forma isso acontece?
Com certeza. Pelo simples fato de construirmos uma fachada afastada (a partir de 10 centímetros) da edificação, este colchão de ar beneficiará a circulação de ar, melhorando o conforto térmico e acústico

5. De quanto é esse ganho / economia? Existe algum exemplo prático?
Não existe ainda no país um exemplo prático. Sabe-se através de estudos realizados que esta economia pode ser de 10 à 25%, dependendo do local e condições da edificação, além da área coberta pela fachada ventilada, ou seja, se uma das face não houver aberturas na fachada, a economia será maior.

6. A instalação da fachada ventilada encarece o preço da obra?
Esta é uma pergunta que deve ser respondida considerando dois aspectos. Podemos dizer que no investimento inicial, sim. A fachada ventilada envolve um custo a mais e, por isso, representa um acréscimo no valor da obra. No entanto, se levarmos em conta as vantagens em longo prazo, a rapidez da construção e demais vantagens, como a economia energética, a qualidade do ambiente no qual seus colaboradores vão trabalhar e o cuidado com o meio ambiente, proporcionado justamente pelo fato de haver uma necessidade menor de recorrer a equipamentos de resfriamento do local, ganhar-se-á no custo x benefício da obra.

7. Posso instalar em um prédio antigo que esteja sendo reformado?
Sim, é possível instalar em prédios antigos que estão sendo reformados (obra de retrofit). Obviamente que as características da obra, detalhamentos arquitetônicos e aberturas de esquadrias influenciarão diretamente no valor do investimento no sistema de fachada ventilada.

Mais sobre Claudio Thurler
Engenheiro civil formado pela FESP – Faculdade de Engenharia São Paulo, em 1984. Tem especialização em marketing pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. É ex-engenheiro de obras do Grupo Pão de Açúcar, ex gerente regional de vendas da Cecrisa/Portinari Cerâmica, ex-gerente nacional de vendas do segmento Fachadas Ventiladas da Cerâmica GAIL e gestor comercial de fachadas ventiladas da TECNOFRONT – Brasil.